CUT AP > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > GREVE GERAL REÚNE MILHARES NAS RUAS DO AMAPÁ E MOSTRA A FORÇA DOS TRABALHADORES DO ESTADO
28/04/2017
Trabalhadores do serviço público e privado, estudantes, movimentos sociais e populares, sindicatos, centrais sindicais e partidos de esquerda foram às ruas da capital amapaense na manhã desta sexta-feira, 28, em greve geral contra o governo golpista de Michel Temer (MPDB), assim como contra o conjunto de suas reformas, sobretudo, a previdenciária e trabalhista.
O ato de greve teve como ponto de concentração a Praça da Bandeira, contando com milhares de trabalhadores entre servidores públicos e trabalhadores do setor privado, além da presença maciça de estudantes e movimentos sociais de várias partes do estado que carregavam consigo cartazes, apitos e faixas de protesto contundentes contra o golpe que derrubou Dilma Rousseff (PT) e, principalmente de denúncia contra os pacotes de medidas de Temer, com destaque para a reforma trabalhista e da previdência.
Com o início das intervenções das principais entidades sindicais e operárias, os trabalhadores deliberaram coletivamente por uma grande caminhada pelo centro comercial de Macapá, intercalando intervenções em diversos pontos estratégicos de denúncia – como o Palácio do Setentrião – e de mobilização – como CAESA, além de bancos públicos e privados –, conclamando pelo trajeto os trabalhadores do comércio a somarem nesse momento histórico.
Após a conclusão do ato de mobilização de greve na Praça da Bandeira, as lideranças operárias e sindicais fizeram um balanço absolutamente positivo e a própria adesão em massa dos trabalhadores é a prova cabal de um dos maiores movimentos de greve da história do Amapá, senão o maior em sua história ainda tão recente como estado, gerando, dessa forma, a expectativa de atos ainda mais gigantescos no próximo período ante o cenário crítico de retirada e destruição de direitos da classe trabalhadora em todo o país.
Após muitos anos sem greve geral, os trabalhadores realizaram através de suas organizações de luta, sobretudo através de sua maior central sindical, a CUT – com milhares de sindicatos filiados e milhões de trabalhadores da base, inclusive de setores de ponta do movimento operário nacional – uma greve que entra para a história da luta da classe trabalhadora pela combatividade, organização e unidade forjadas através de diversas reuniões, plenárias, discussões e debates preparatórios em todo o Brasil.
Evidentemente, o braço amapaense da greve geral no Brasil seguiu trabalho semelhante de organização pela CUT-Nacional, colocando-se na linha de frente das construções, propondo, organizando e, em muitos casos, dirigindo os atos e mobilizações de luta contra o golpe em unidade com outras importantes centrais sindicais, com a juventude e com o povo contra as reformas do governo golpista que atacam de forma implacável os direitos da classe trabalhadora do Amapá justamente em função do seu caráter geral.
Nesse sentido, os trabalhadores amapaenses e os demais em todo país novamente mostram que apenas a mobilização unificada nas ruas sob a forma de greve geral é capaz de impor um fim não apenas às reformas, mas ao próprio governo golpista de Temer que atua sob a direção do capital internacional, implementando todas as medidas que garantam os interesses desse setor.
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